sábado, 2 de fevereiro de 2013

doodling in the key of c sharp.

Este sou eu. Este que escreve palavras aparentemente sem sentido, este que é bipolar na própria felicidade, este que não se controla. Contudo, ninguém me vê. Todos observam, não este, mas aquele, com um olhar curioso e talvez uma gargalhada a acompanhar. Aquele é um engenheiro qualificado de anedotas e é um bêbado degenerado e é um excelente aluno e tende a dizer muitas asneiras e é estudioso e bem comportado e é um amante de mulheres. Quem é que é bipolar, afinal? Nenhum de nós. Complementam-se um ao outro e juntos, tal e qual modo super guerreiro ativado, acabam por se tornarem numa pessoa bastante agradável. Um ser meio elétrico, cheio de física, meio medieval. Não gosto da luz porque assusta o meu corpo já de si ligado e desperto. Com tanta energia em redor, tenho medo que me cegue com uma cegueira própria de um cego que vê demais. E vejo, observo, olho, fito, para mais tarde desligar. O CPU pode estar carregado, mas ele é eficiente. E já mencionei que comprei uma nova memória? Um dia, talvez muito distante deste em que escrevo, um dia irei dissertar sobre as memórias no meu novo disco. E não irão ser textos bonitos. Posso evitar vocabulário menos apropriado quando estou no meu mundo, mas não pensais por um segundo que ele não possa ser utilizado. Quando acabar este ano, irei xingar algumas pessoas ao ouvir aplausos e vaias. E não se atrevam a mencionar em alguma qualquer conversa que têm mérito no meu trabalho. Quem tem mérito, irá ser-lhe reconhecido. Os outros irão ter a sua oportunidade. Não voltem sequer a pensar que o meu trabalho é fruto do vosso, o que quer que seja que façam. Se faço o que faço, sou eu e os meus dois olhos. A minha visão irá escrever sobre o que a tem importunado. Não irá ser ficção, como os vossos pensamentos marcianos, já longe do vosso corpo. Um pouco aluado estou eu, que sei que pessoas que não me conhecem me vêm como pessoas que me conhecem. Não tentem. Até com as pernas partidas a minha visão seria irrepreensivelmente funcional, mesmo que as minhas duas mãos executem atos, no mínimo, alucinatórios.

19 comentários:

  1. Adorei o texto e adorei "conhecer-te" aha

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    1. tentei responder, mas não encontrei o teu blog, desculpa. A sério? Obrigado x) sou uma pessoa muito interessante, ahahah xD

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  2. Miguel, apaixonou-te pelo teu blog. Tu és um poeta, foda-se.

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  3. Eu leio os teus textos e sinto-me tão pequena. Por favor, nunca pares. Ok? Nunca.

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  4. eu não gosto... adoro, adoro, adoro, adoro mil
    Sim, é verdade mas eu escrevo para mim, apenas.

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  5. Não digo porque me convém. Digo-o porque o sinto!

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  6. eu até sou contra essa brincadeirinha de música em autoplay; deixo já aqui claro que é horrível e eu odeio porque na maioria das vezes abro isto e aquilo em janelas diferentes e às tantas já nem sei de onde vem. mas há que dar o braço a torcer, great music taste ;)

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  7. não, não tires! deixa só sem ser autoplay. boa?

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  8. admito-o porque, podia estar com muitos rodeios, mas não vale a pena. Vai tudo ter ao sexo ultimamente, é uma cena ahah

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  9. bom saber, acho eu ahah pelo meu lado, admiro o teu blog, gostei imenso :)

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  10. ai que injustiça, não sou nada esquisita.
    eu até disse que não era mau. (só para não dizer que estava bom. eu nunca digo que nada é bom. só que não é mau. para não soar demasiado 'wow')

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  11. muito muito bom. vés extremamente original, e isso é mt bom.
    vou fazer-me seguidora.
    beijinho

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  12. Gostei :) uma pessoa não bipolar ou maluca só porque tem vários "eus". O Pessoa era um génio, por exemplo :)

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  13. Olá. Desculpa a minha ignorância, mas onde é que eu posso encontrar o selo que disseste ter deixado, para mim, no teu blog? ;$

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  14. é normal que a escrita se desenvolva com o tempo e com a prática:)) para já, e durante mt tempo, é bom que continues original.

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