As flores são belas. Não há ninguém que me faça pensar o contrário. Até flores murchas são belas. As rosas, os cravos, as margaridas, os malmequeres, as tulipas e outras tantas cujo nome não me recordo. Nascem no alcatrão, nas florestas, nos jardins, nas quintas, na madeira e em outros tantos sítios. A sua vida é bastante simples, é água e sol. É nascer, crescer, morrer. Às vezes nascem sozinhas, às vezes nascem juntas a milhares de outras. Umas são amadas, outras são pisadas. Outras recolhidas e analisadas. Há pessoas que são flores. Há carneiros que são flores. Há mundos que são flores e há flores que são mundos. Há computadores que são flores. Existem flores estreitas e compridas. Existem flores caídas no chão. Uma flor não é só um objeto ornamental, é uma vida de solidão e inércia. É a falta de ação e de compreensão que as define como seres naturais. Elas nascem e crescem sem opinar sobre o assunto e nem decidem de que lado da cama irão dormir. Quando morrem, quem me diz que não são finalmente livres? Somos todos flores.
Mal de nós se formos todos flores.
ResponderEliminarAdoro mesmo a tua escrita rapaz.
ResponderEliminarEpa, eu sou Rosa (flor) xD