sábado, 18 de maio de 2013

conversas metafísicas. (II)

Eu: Nem toda a gente pode ser especial nesses termos. Eu não sei se tu vais mudar o mundo por completo ou se só vais afetar quem te rodeia. Mas tu não sabes como é que estás incluída num plano universal. Toda a gente tem papéis. Só porque podes não ver e perceber isso, não quer dizer que ele não exista. E o teu contributo para a humanidade, só tu sabes dele. I mean, o gajo que descobriu a física quântica. O gajo que desenvolveu o sistema de voo. Ninguém sabe quem são, apesar de terem deixado um legado importante no planeta. Só eles sabem o que fizeram e só eles sabem a sua importância. E tu, meu amor? Podes um dia revolucionar edifícios e podes quebrar milhares de ideais pré-concebidas sobre arte.
E podes não fazer absolutamente nada disso. Podes ser uma arquiteta mediana com um emprego entediante. Podes ter uma vida entediante. Mas tu nunca irás saber de que forma influenciaste o mundo. Pode até ser o teu bisneto a descobrir a cura para a sida, e ele não vai saber quem foi a bisavó dele. Mas foste fulcral para a descoberta da cura da sida. As coisas têm todas ligações entre elas, ligações que muitas pessoas não compreendem. Toda a gente influencia toda a gente. Maybe people are just meant to be that way. Não sei. Não sou suficientemente capaz para ir tão longe. E não preciso. And you being wothless, it's not really up to you. It's up to someone else.
Ela: (obrigada)
Eu: Para saberes a seriedade do que te dissse, eu escrevi tudo a ouvir o sexteto do cloud atlas.
Ela: Eu...

 

Sem comentários:

Enviar um comentário