Eu: Toda a gente te desilude.
Ela: Toda, toda não, mas maior parte.
Eu: Sabes que o mundo está cheio de pessoas.
Ela: Sim, todas diferentes, mas no fundo, todas iguais.
Eu: Se somos todos iguais, então estamos todos muito desiludidos uns com os outros e tristes. Já pensaste nisso?
Ela: Já, mas se alguns estão desiludidos é por culpa de algo que eles fizeram.
Eu: Ainda bem que a culpa é sempre dos outros.
Ela: A culpa não é sempre dos outros e eu não me estou a referir desta vez, não te preocupes...
Eu: Eu não culpo ninguém e sou bastante feliz.
Ela: Será que és feliz? Ou fazes como o resto das pessoas que finge ser feliz?
Eu: Tenho momentos felizes. Tenho momentos tristes. Não é razão para pregar a alguém o que seja que for que eu sinto.
Ela: E como é que se pode fazer para não pregar o que sentimos aos outros?
Eu: Aceitas. Aceitas o que quer que seja que acontece e não culpas ninguém. Culpas as circunstâncias do momento e os momentos que levaram a esse momento.
Ela: E então o que posso fazer para não ter que passar por esses momentos de que a culpa é deles?
Eu: Passas sempre. Admites a ti própria o que estás a sentir, e não tentas compreender.
Ela: Mas e se eu não tiver a certeza do que sinto? E se o que eu sentir magoar os outros?
Eu: O que tu sentes, magoa sempre alguém. Ao fazeres alguém feliz, de certeza que deixas outra pessoa miserável. Admite o que quer que seja.
Ela: E se apostar numa e correr mal e arrepender-me de tudo e querer voltar atrás e não puder? Para isso vou ter que ter a certeza antes de fazer algo..
Eu: Nunca tens certezas, e se não resultar, refugias-te noutro sítio. Não há meia felicidade.
"Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates."
come chocolates, pequena!
ResponderEliminarse te referias ao verso, sim, conheço. é fernando pessoa. (acho que não é uma grande surpresa, é matéria do secundário xD)
ResponderEliminareu também. o campos por ser assim todo... hum... descontrolado (?) é dos meus heterónimos favoritos.
ResponderEliminarnão consigo deixar de pensar que há uma pontinha de frustração sexual no reis. oh lídia, vamos dar as mãos (ou desenlacemos as mãos? não sei ao certo). o outro é irritante. o caeiro. soa-me muito a poesia de algibeira, como se ele fosse pastor literal, que pastor das ideias não é - desenvolve-as pouco.
ResponderEliminarai o chocolate, ajuda em tantas situações.. xD
ResponderEliminar(já publiquei o selinho, e obrigada!)
E, porque não, miguel?
ResponderEliminarE até o chocolate nos pode desiludir.. se provarmos uma marca nova ou um sabor diferente!
ResponderEliminarcompreendo, lembranças conseguem ser manhosas ahah
ResponderEliminaré verdade Miguel. mas há que seguir em frente. nada como estarmos descansados que fizemos o melhor que podíamos.
ResponderEliminarobrigada pelas palavras