sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

kkk.

Às vezes sinto que o nosso próprio espaço privado colide consigo próprio. Explode e destrói e morre devagarinho. Mas enquanto não morrer, as pessoas são privadas. São privadas porque é algo inerente à humanidade, ninguém é público na sua privacidade e continuamos iguais. Diz-se que acabou a escravidão mas está pior do que nunca. A escravidão existe nas coisas fúteis e nas cores das paredes. E nos cortinados e no próprio sol. Ninguém é escravo mas somos todos escravizados. São dentes afiados e são imagens verdes, mas ninguém é escravo. A liberdade também está inerente. Diz-se também que de 8 em 8 segundos morre alguém com tuberculose. Não, com tuberculose em África. É preciso acentuar o medo em toda a gente e apelar à consciência. Porque se não for em África, já não importa lá muito. Por isso é que os médicos sem fronteiras só vão a África. Não podem ir a outros sítios, está escrito no contrato, são escravizados. Assim como os likes no facebook. É vê-los lutar como galos num ringue mexicano, é sangue por todo o lado. São muito territoriais. É ver posts da nossa senhora da assunção e do menino Jesus Cristo, do São José e de Deus barbudo. Somos todos muito católicos mas só o somos ao Domingo. Eu não, aliás. Sou judaico-católico, tenho folga aos sábados e aos domingos. A hipsterização que se vê hoje em dia é sufocante. É vê-los com calças cor de laranja, cheios de... Sufoca que dói, é preciso psicólogos em demasia porque estamos todos fartos. Fartos de ver e rever o que nos acontece diariamente e ainda olhar para o que iremos ver.





domingo, 15 de dezembro de 2013





We are alone, the world is not our home,
We breathe the air, we care,
We feel the pain, we cannot explain,
There are no words to be heard.
A child's face is lost in outer space,
His eyes are red, in our heads.
We move along, we are pretty strong,
We breathe the air, but we care.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013