segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

can't get right.

Já não vou à igreja há demasiado tempo. Não me lembro da última vez em que pedi favores a algo superior a todos nós e não é de desconfiar. Não acredito em Deus da forma que o idealizam e não gosto nada da quantidade de situações que giram à volta Dele. A igreja aproveita-se demasiado da crença das pessoas e nenhuma das 3 está sozinha. Supostamente, Deus -> Igreja -> Pessoas. Contudo, duvido seriamente que Deus esteja feliz com a quantidade de roupa que o Papa tem vestido. Tanto ouro que ele traz às costas que sempre que o vejo na televisão, penso que estou a ver um chulo. O Vaticano é um estado tão pequeno e consegue ser dos países mais ricos do mundo. Têm um banco próprio com biliões e biliões de euros, têm uma das bibliotecas mais cobiçadas, têm escritos que nunca foram divulgados e têm igrejas de ouro (em sentido metafórico e literal). Há cada vez mais padres a serem acusados de pedofilia e crimes sexuais. O pior desta corrupção toda é que, com a crise, as pessoas recorrem ainda mais a Deus da forma errada e a sua devoção é ainda maior. “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”. Não é preciso ir à igreja para se ser católico ou cristão. Muitas das pessoas que lá metem os pés todos os domingos, podem muito bem ser piores que eu, que da última vez que lá fui adormeci. Alguns nunca rezaram nem acreditam na existência de uma alta divindade e, se Deus existir, aposto que até gosta muito deles. Do que eu me lembro da catequese, Deus gosta de toda a gente. Mas a maioria das pessoas pensa que não.

domingo, 30 de dezembro de 2012

these dayz (dope awprah).

2012. Este ano precisa de um resumo. Para além disso, alguns pedidos de desculpa e algumas clarificações. Gostava de dizer que este ano não foi uma experiência completamente diferente, mas foi. Fiz algumas coisas que tinha “prometido” a mim mesmo nunca fazer e que não tinham sentido nenhum. Descobri, por arrasto, que nem gosto dessas coisas. Bebi demasiado. Bebi mais do que devia e pensei que isso se iria refletir nas minhas notas. Acabou por se refletir, pela positiva. Subi a minha média (imenso) e isso só prova que estou mais maturo. Há um tempo para tudo. O que acaba por me separar de um bêbado normal é que tenho regras. Quando estou a estudar, não penso em mais nada. Todos os dias estudo no mínimo duas horas. E isso é mesmo o mínimo. Quando me estou a divertir em todas essas situações menos próprias, também me aplico ao máximo. Outro orgulho escondido é que nunca fiquei a engraxar um professor depois da aula acabar, não vou a apoios e nem sequer falo muito para eles. Eu e a minha melhor amiga deixamos de falar devido a prazeres físicos. Pensei durante algum tempo que a culpa até tinha sido mais minha do que dela. Contudo, é mais dela do que minha e eu apenas segui o único caminho possível. A minha irmã acabou por se separar um pouco de mim e eu dela, mas sei perfeitamente que estamos cá um para o outro. Redescobri algumas amizades. Enclausurei-me durante 2 semanas na época de exames e acabei por ser recompensado com 16,3 a Física e Química. Decidi finalmente que não quero ingressar em Engenharia Mecânica mas sim em Engenharia Informática e Computação ou Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. Estou a tentar deixar o cabelo crescer mais um bocado. Aconteceram outras equações bastante químicas que não devem ser mencionadas, mas que acabaram por se resolver. Vi um filme embriagado (e tenho de confessar que é brutal). Voltei a ter aquelas paixões de 6 dias. Mudei a minha opinião sobre assuntos extremamente sensíveis e importantes. Por último, criei um blog, algo que nunca pensei fazer. Para 2013, quero aprender a gostar de whisky. Não acho que irei suceder porque aquilo sabe mesmo muito mal, mas vou tentar.


Descreve perfeitamente este ano.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

initiation.

Uma das piores sensações no mundo é acordar gélido e quando tomar banho, alguém ter gasto o gás todo e só haver água fria. São sacrifícios (muito pequenos, em comparação com outras coisas). Também há outro tipo de sacrifícios, os mentais. Ter que ouvir opiniões infundadas de pessoas mesquinhas é demasiado para qualquer pessoa. Ou é porque lá fora não há crise, ou é porque os governantes não são bons na sua função. Ali ao lado, os coitados dos espanhóis estão com o desemprego a 20%, há manifestações todos os dias e ainda ninguém assassinou o Rei porque ele está repleto de seguranças à sua volta. A Alemanha está como está devido a medidas bem mais severas do que as que foram implementadas em Portugal e, mesmo assim, a emigração continua a aumentar porque não existe salário mínimo e os próprios alemães estão descontentes com a prostituta nazi. A Grécia já não tem sistema económico nem controlo sobre o seu próprio país. Há 2/3 anos atrás, a Finlândia entrou na bancarrota. Nos Estados Unidos cometem massacres semana sim, semana não. Na Rússia há fraude eleitoral (140% de votos) escandalosa e quem ousar reclamar sobre este tipo de situações acaba preso (Pussy Riot). Os únicos países que até estão bem são a Bélgica e Holanda. A Holanda porque, quer admitam ou não, a legalização das drogas e da prostituição contribui imenso para a economia do país. Em Portugal, desconfio seriamente que essas medidas sejam aprovadas. Refletindo agora, se calhar Portugal não está assim tão mal. Está uma miséria, mas há casos bem piores que o nosso. E os governantes? Mais de metade das pessoas que os insultam e criticam a sua capacidade de gerir o país não votou. E depois sou obrigado a ouvir que “não faz diferença”. Pois claro que não, 41,93% de 10 milhões é muito pouco. Se não acreditam que nenhum dos candidatos tem perfil para chefiar o país, votem em branco. Voto nulo. Isso sim é uma forma de mostrarem desagrado. A única coisa que deixam transparecer ao não votarem é que 4193000 portugueses são demasiado gordos para se levantarem do sofá a um Domingo. E nem é preciso ser um entendido em Economia ou tirar um curso na faculdade. Sei isto tudo só ao ver o telejornal e ler uma revista ao Sábado. Mas se preferem comprar a Maria, a TvGuia, a Caras e outras que tais, estejam à vontade.


FELIZ NATAL! Era algo que tinha de ser dito.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

mc2.

“I’mma try and do this all in one take, so there’s not a lot of editing because i’m too drunk to edit.” Não é bêbedo, é já nas sobras do dia anterior. Resultado, ainda estou introspetivo. Não sobre o assunto que tem vindo a tomar conta da minha mente, mas assuntos novos, inspirados pelo mesmo motivo. Albert Einstein começou com a fórmula, apenas lhe dei um novo significado…

Há 3 posts atrás (o começo da epifania, que tem fim previsto para o final do ano), ocorreu-me uma ideia de empregar assonância/aliteração (estou demasiado tocado para decidir qual deles é). Esforcei-me imenso, foi dos textos que escrevi que mais trabalho teve, mais “arte” levou em cima e, mesmo assim, ninguém constatou o óbvio. Aquela merda está cheia de v’s e f’s. E fiquei mesmo orgulhoso, até li em voz alta porque ganhou sonoridade e ritmo. Era algo que precisava de ser dito, pode alguém não ter reparado.
Há 3 posts atrás, algumas pessoas vieram realmente dizer-me que, se precisasse, podia falar sempre com elas. Um bocadinho óbvio, não? Se são meus amigos, estão destinados a aturar-me. Mas não, não é isso que eu quero. As palavras não saem da minha boca, só da ponta dos dedos. O que eu preciso mesmo é que alguém me compre uma garrafa de álcool, me agarre e que beba comigo. E que esteja uma hora e meia a partilhar essa mesma garrafa, sem abrir a boca para conversar. É desnecessário, agora. Um momento torna-se bem mais íntimo quando se está sem falar, sem interromper o silêncio. Diz-se mais por olhares do que por meras palavras.
Há 3 posts atrás, não tinha a confirmação de que acabou realmente, pelo menos o que existia. Agora tenho. Portanto, tenho plena noção da minha situação. As pessoas acham-me miserável e não as condeno. Até eu me acho miserável, quando penso em certas coisas. 10 dias. 10 míseros dias até acabar. É um prazo mental, que irá voltar a trazer o equilíbrio á Força.
Estando ainda mais introspetivo, quero agradecer do fundo do coração a alguns comentários. Sem me conhecerem de lado nenhum, disseram algumas verdades com sentido. E estou agradecido por isso. Às vezes, as maiores surpresas são de pessoas que não conhecemos.
Aproveito também para dizer as minhas notas, para ninguém pensar que a minha vida é beber e vir escrever para um sítio qualquer (curiosamente, estes últimos dias até é). Português: 17, Matemática: 19, Educação Física: 16, Biologia: 16, Aplicações Informáticas: 17. Espero que os meus professores leiam isto. Eu não quero merdas de notas dadas. Se há algo que me irrita, é notas dadas. Não merecia 16 a Biologia, nem 16 a Educação Física. E que ninguém se lembre de dizer que é bom para a faculdade, porque eu quero o que mereço. Se não estudei para isso, não o quero. É uma grande injustiça eu ter estas notas, comparando com outras pessoas. Não sou especial nem nada que o valha, por isso sei perfeitamente as limitações que existem dentro de mim. Peço desculpa pelas asneiras todas, está explicado pela citação do primeiro parágrafo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

mc1.

Mato-me literalmente para não te encher a caixa de correio. Não o vou fazer. Se nunca mais te falar, assim o seja. Não estou pronto, mas não tenho medo. Tenho que sair de casa. Preciso de alguém. Acho que jogar todo o dia e parar para comer não traz benefícios. Nem sei em que mais pensar. De manhã e tarde ainda se aguenta, a mente não para. De noite… Oh, a noite. Qual é a ideia de me mandares mensagens às 2 da manhã para mais tarde não responderes? Nem sequer te importas. Ou então isso é só algo que eu digo para se tornar mais fácil. Porque não é fácil. Não é. Eu preciso de ti.
(sou um louco por ver horóscopos, mas...)
A culpa é minha, não é tua. Também sei disso. E se estiver planeado, eu espero. Não te incomodo.

domingo, 16 de dezembro de 2012

mc.



Finalmente. Achava que era fraco por verificar por cima da vértebra, todas as vezes que vasculhava a tua gaveta. Fraco por não valorizar a vida que havia dentro de mim. Fraco por observar na própria pele variadas vivências que me vitimizavam a mim e a ti. Cortes frenéticos. Ao dizer que me amavas, fintaste todas as minhas expectativas. Agora a minha mente é um velório fanático por facas afiadas e eu sou… fraco. Sem a tua vaidade vincada até ao fim de mim eu sou… fraco. Deixei de viver, para sobreviver. Vamos ver algo ao cinema? Afasta-te de mim, seu monstro sem força para finalizar o que sempre quis. E quando mostra essa força, faço-te falta. Ainda não, mas irei. Não vivo, sobrevivo? Aqui te prometo que irei estar vinte e nove dias assim. Ao trigésimo, levantar-me-ei e utilizarei o vernáculo por vinte mil vezes só para vincar a minha postura neste motivo. Até lá, estou vazio porque todo o esforço foi em vão. Vi toda a fortaleza findar com um simples tijolo falso. Fotografei cada fibra da minha pele cor de framboesa e fiz notar que, indo ao foro das infindáveis lágrimas, faço-me de forte. Faço-me, pois sou fraco. O fim desta aflição está próximo como um guarda-sol está da praia. Tudo isto são factos verídicos que fazem valer mil falcões voando em direção à felicidade eterna. Esta dor que eu sinto é equiparável a mil funiculares a cair no mesmo sítio.

sábado, 15 de dezembro de 2012

creep/pa nights.

Acho que vou desmaiar. Nota mental: nunca mais irei beber álcool. Mas que desencadeou uma reação interessante… Segunda nota mental: hipoteticamente, se voltar a beber, desligo o telemóvel. Ainda bem que não quis mesmo saber dessas notas estúpidas. Estou espantado como agora sabes tanta coisa. Sabes quase tanto como eu, se calhar mais. Já nem me lembro do que te disse, mas sei que foi tudo verdade. Não teria coragem para te dizer tudo se não estivesse ébrio. Terceira nota mental: nunca mais irei comprar uma garrafa de rum, outra de vodka e outra de vodka preta para beber com mais quatro pessoas. Que senhor cocktail. Eu chorei. Eu, que entre todas as situações adversas em público, nunca chorei. Com a tua voz. Com o conforto que ver o teu nome no telemóvel me traz. Eu disse que te amava. Foi a primeira vez… Não me deixes agora. Por falar em agora, sim, é agora. Apaguei o número da Rita, apaguei o número de toda a gente. Apaguei a pornografia (e não me chateiem com comentários e opiniões). Não sei se estou pronto para o que quer que seja, nem se estamos destinados a estar juntos ou se vamos estar. Não interessa. A noite de ontem, esquecendo a humilhação pública, foi reveladora. Tinham que acontecer mudanças. Essas sim, estavam destinadas. Mesmo que nem falemos, que nos chateemos, essas coisas sem sentido, mudaste uma parte de mim. Ontem. Numa hora e meia de telefonema. E agora percebes melhor. Percebes, acho eu, o porquê de nunca me queixar da minha vida e dos meus problemas como a maioria das pessoas. A minha infância. Que mais te disse eu? A minha memória é um completo nevoeiro. Podes nem sentir o mesmo que eu, e acredito que não sintas, mas, uma vez mais, não é isso que interessa. GHOST!

domingo, 9 de dezembro de 2012

o.n.i.f.c.

Oficialmente de férias. Já só falta ler o “Memorial do Convento”. Saramago a assinar a lista de presença, mesmo estando de férias. Não assinala discurso direto, os pontos finais só existem no final de cada página, o tópico é desinteressante… Nunca gostei muito de história, quanto mais livros inteiros dedicados à disciplina. Ao menos escrevia como bem lhe apetecia, apesar de toda a gente reclamar. Porque será que na internet todas as pessoas reparam nos erros dos outros? É a internet, não é nenhum concurso de escrita e muito menos um livro para editar. Não estou a ter aula de Português para assinalarem todos os acentos. e qual é o mal se escrever assim? se não é importante, o que importa se não se usa maiúsculas? são todos picuinhas. Tem que ser tudo como a máquina quer. Será que sou gangster e traficante de droga, só porque ouço hip-hop e rap? Sou gótico porque gosto de Black Sabbath? Sou amaricado e com mau gosto se ouvir Ricky Martin e Robbie Williams? Sou rebelde se ouvir Tyler, The Creator? Fumo erva se ouvir Wiz Khalifa? Estereótipos em demasia. Se o mundo fosse perfeito, todos nós estaríamos em escadas rolantes. É um lugar sagrado. Toda a gente anda à mesma velocidade, quase ninguém passa à frente, ninguém olha para ninguém e, surpreendentemente, as pessoas vão caladas. Podem pensar em mil e uma coisas mas, felizmente, vão de boca calada. E que bem que estão caladas! Sempre a intrometerem-se na vida dos outros. É uma aldeia à escala mundial, todos são vizinhos a cochichar com a pessoa mais próxima. “O meu filho tem melhor média que o teu e já acabou o curso!”. Como se isso fosse sinónimo de personalidade… Os verdadeiros incultos. “É melhor estar calado e deixar que as pessoas pensem que é um idiota do que falar e acabar com todas as dúvidas” – Abraham Lincoln

(Sempre tive uma pequena paixão por filmes/jogos noir. Alguém me podia dizer se já leram o “Falcão Maltês”? E se gostaram, aconselham, etc.)

domingo, 2 de dezembro de 2012

50/ode triunfal. (parte 2)

Adoro smileys. Felizmente, sei que essa adoração não é só minha e isso deixa-me eternamente feliz. Mando-os para toda a gente: feios, bonitos, burros, inteligentes, rapazes, raparigas. Tal e qual como tu! Ou então não. Pois, esse é o seu problema. Não quero saber se a arte e a música são o seu escape, como também não quero saber se é ou não justa. Já não espero que mude essas atitudes impróprias de uma pessoa mais velha. Bastante mais velha, com ofensa. Vós nascestes todos do mesmo sítio, criaram-se à parte dos demais e, como esperado, toda essas condicionantes levaram a que sejam todos um pouco diferentes. Desta forma, perdoo-lhe a sua incapacidade de justiça, assim como a sua carência de voz pesada. Mais difícil será perdoar o facto de estar sempre sentada e apenas dar o sermão para 6/8 pessoas.
Adoro gatos, cães e história. E, surpreendentemente, também não estou sozinho nessa adoração. Aproveito e durmo mais um bocado, porque estou farto de ouvir a mesma coisa. Parece um disco mal gravado, que empanca após 25 minutos de tempo útil. Se fossem as minhas histórias, todas elas envolveriam o Riscas, o Bichano, o Tareco e o Bóbi. Talvez mais tarde, quando tiver assim tantos animais. Como não é a causa de toda esta indignação, não preciso de a perdoar, pois, para mim, não fez nada de mal, apesar de falar um bocadinho de mais.
Adoro snobismo e elitismo. Se digitasse isto no facebook, teria, certamente, 28 gostos. Ir com 18 ao exame e tirar 9 é de uma falta de chá inacreditável. Malditos! Intento processar o pulha que cometeu tal atrocidade. Agora, mais do que nunca, percebo o porquê de toda aquela angústia, F (hb*). Um aparte, confesso que gosto de ver o Fama Show ao Domingo. É um daqueles pecados carnais.
Adoro-o. O cheiro a vinho e os passos vigorosos transformaram-no numa figura de respeito, a ser temida por toda a gente. Há que manter a sala limpa, senão… Até tenho medo de completar a frase, o próprio pensamento assusta-me. Então os complôs! Todos juntos, alegres (entenda-se ébrios), como sempre. Velhos compinchas de aventuras fantásticas, adoro-vos a todos vós!
“Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!
Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!”

É o som de 50 camiões a atropelar-vos a todos vós, vruuuum, vruuuum, metaforicamente falando.