domingo, 2 de dezembro de 2012

50/ode triunfal. (parte 2)

Adoro smileys. Felizmente, sei que essa adoração não é só minha e isso deixa-me eternamente feliz. Mando-os para toda a gente: feios, bonitos, burros, inteligentes, rapazes, raparigas. Tal e qual como tu! Ou então não. Pois, esse é o seu problema. Não quero saber se a arte e a música são o seu escape, como também não quero saber se é ou não justa. Já não espero que mude essas atitudes impróprias de uma pessoa mais velha. Bastante mais velha, com ofensa. Vós nascestes todos do mesmo sítio, criaram-se à parte dos demais e, como esperado, toda essas condicionantes levaram a que sejam todos um pouco diferentes. Desta forma, perdoo-lhe a sua incapacidade de justiça, assim como a sua carência de voz pesada. Mais difícil será perdoar o facto de estar sempre sentada e apenas dar o sermão para 6/8 pessoas.
Adoro gatos, cães e história. E, surpreendentemente, também não estou sozinho nessa adoração. Aproveito e durmo mais um bocado, porque estou farto de ouvir a mesma coisa. Parece um disco mal gravado, que empanca após 25 minutos de tempo útil. Se fossem as minhas histórias, todas elas envolveriam o Riscas, o Bichano, o Tareco e o Bóbi. Talvez mais tarde, quando tiver assim tantos animais. Como não é a causa de toda esta indignação, não preciso de a perdoar, pois, para mim, não fez nada de mal, apesar de falar um bocadinho de mais.
Adoro snobismo e elitismo. Se digitasse isto no facebook, teria, certamente, 28 gostos. Ir com 18 ao exame e tirar 9 é de uma falta de chá inacreditável. Malditos! Intento processar o pulha que cometeu tal atrocidade. Agora, mais do que nunca, percebo o porquê de toda aquela angústia, F (hb*). Um aparte, confesso que gosto de ver o Fama Show ao Domingo. É um daqueles pecados carnais.
Adoro-o. O cheiro a vinho e os passos vigorosos transformaram-no numa figura de respeito, a ser temida por toda a gente. Há que manter a sala limpa, senão… Até tenho medo de completar a frase, o próprio pensamento assusta-me. Então os complôs! Todos juntos, alegres (entenda-se ébrios), como sempre. Velhos compinchas de aventuras fantásticas, adoro-vos a todos vós!
“Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!
Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!”

É o som de 50 camiões a atropelar-vos a todos vós, vruuuum, vruuuum, metaforicamente falando.

6 comentários:

  1. lembro-me desse poema de Álvaro de Campos.
    Realmente tem o mesmo ritmo e a mesma verocidade nas palavras.
    um monte de palavras ditas num segundo.

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  2. São coisas que não mudam :b

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  3. Ensinar? Nãos e ensina, ou se gosta ou não :)
    Eu gosto é uma escrita que precisa ser descodificada e em si, as histórias tem um carisma diferente.

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  4. Álvaro de Campos, não é assim? Ode Triunfal, penso eu?
    Obrigada, Miguel! Obrigada. :D Se encontrasse o botão de seguir também seguiria o teu :)

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  5. Esse poema deixou-me a pensar que ele andava era metido no viagra e não no ópio.
    Mas eu gosto do Pessoa. E de gatos.

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