sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

upper room.

Cinco miúdos. Dois deles conversam, os outros dois discutem e o outro... onde... está... ele? Rodeado de limites que limitam a própria limitação da mente, limito-me a ter apenas dois dentes e dois fígados, trocado um deles por um cérebro louco cuja função é calcular... limites. Se esse sou eu ou um holograma, nunca o saberá ninguém, nem mesmo eu próprio. Não que questione a minha própria existência ou felicidade, porque, sejamos realistas, eu estou aqui e eu tenho a possibilidade de me realizar, mas a realização é um sonho antigo. Houve quem me chamasse poeta. E tenho de confessar que é verdade num certo domínio, tendo já escrito "Ode às putas", "Ode às putas II" e uns quantos intitulados de "Sem Título". Umas quantas adaptações de músicas horrendas (tome-se por exemplo "Anda comigo ver os aviões" em que o sujeito acaba por falar de tudo menos de aviões) e quero, sinceramente, aprender a tocar piano ou baixo. Baixo gostava eu de ser, não muito, talvez perder uns centímetros. Levanto-me quando chove, quando não chove me levanto, quando está solarengo me levanto também. Não será importante então a condição meteorológica diária para a minha atitude diurna. Importante realmente é como dizer algo sem o interlocutor compreender. Ou escrever apenas para os mais atentos, mesmo que ignorantes saibam ler. É como criar blogs e lá escreverem como se fosse o boletim meteorológico da Nicarágua, é como calçarem crocs e sabrinas (só o mero pensamento horripila qualquer pedaço das entranhas do meu ser), é como vestirem Supreme e só isso, como se marca não existisse há já algum tempo, é como escrever "prontos". Prontas estão as pessoas e as comidas, as obras públicas. Menos a minha escola. A minha escola não está pronta. Era isto que tinha a dizer, prontos.

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